- Descrição
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Detalhes
O pitagorismo, seu ensinamento esotérico, a doutrina de Pitágoras, mestre espiritual, permanecem misteriosos. Louis Rougier, neste estudo preciso consagrado à relação entre o mundo astral e a alma humana segundo o pitagorismo, discorre sobre essa grande visão, que não se opõe à Ciência e à Religião. Politeísmo astral, origem celeste das almas e astronomia geométrica são os pontos-chave dessa mensagem sempre atual. De passagem, o autor esclarece o problema da queda original, o simbolismo do 'purgatório' e da 'salvação eterna'. Com muita clareza, evoca também uma das formas religiosas mais apaixonantes da Antiguidade.A crença na imortalidade celeste da alma apareceu no mundo grego, no decorrer do século V antes da nossa era. Transformou radicalmente a representação que os povos do Oriente mediterrâneo faziam da origem, natureza e destino das almas. A concepção do sopro vital que se dissipa com a morte, a sobrevivência de sombras fúteis que se repetem em gestos ineficazes, no reino subterrâneo dos mortos, os trabalhos da existência terrestre, foi substituída pela ideia de uma alma de essência celeste, desgarrada neste mundo baixo como em uma terra de exílio, destinada a retornar à sua pátria de origem, para gozar, em companhia de deuses siderais, uma imortalidade estelar bem-aventurada. Transferiu os Campos Elísios dos egípcios e dos órficos das entranhas da terra para o campo das estrelas e fez do Reino dos Mortos o Reino dos Céus. Essa surpreendente transformação, essa nova fé na imortalidade celeste das almas - que o Cristianismo, o Maniqueísmo e o Islamismo espalharam por todos os povos da civilização ocidental - foi, segundo o autor, o resultado da astronomia teórica dos pitagóricos. - Comentários
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- Sumário
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PREFÁCIO 9CAPÍTULO I - O Conflito da Ciência e da Religião no Século V: Como a Astronomia Empírica dos Físicos Conduziu ao Ateísmo. 15I - A Crítica dos Filósofos 15II - A Crítica dos Físicos 18III - A Introdução da Física dos Milesianosem Atenas por Anaxágoras 22IV - Os Processos de Ateísmo em Atenas 24CAPÍTULO II - A Astronomia Geométrica dos Pitagóricos 28I - A Astronomia Descritiva e Numérica dos Babilónios 29II — A Intervenção de Pitágoras 33III - A Descoberta Astronómica de Pitágoras 35IV - Como a Astronomia Pitagórica se Resume em um Problema de Geometria Esférica 39V - O Sistema de Esferas Homocêntricas de Eudóxio de Cnido 40CAPÍTULO III - Como a Astronomia Geométrica dos Pitagóricos Conduziu ao Politeísmo Astral 42I - A Regularidade dos Movimentos Planetários 42II - O Movimento Regular dos Astros Não Pode Ser Explicado Senão Pela Presença de Uma Alma Inteligente, donde Resulta Que os Astros São Deuses 44III - Por que os Movimentos Regulares dos Astros Não Podem Ser Efeitos de Uma Necessidade Mecânica 49IV - Como a Astronomia Geométrica dos Pitagóricos Implica a Dualidade do Mundo 52CAPÍTULO IV - A Origem Celeste das Almas 56I — As Almas e os Astros Têm o Mesmo Movimento 57II - As Almas e os Astros Têm a Mesma Substância 62III - Origem e Imortalidade Estelar das Almas 65CAPÍTULO V - A Queda e o Retorno das Almas 67I - O Problema Que Cria a Presença das Almas no Mundo Sublunar 67II - A Falta Original e a Queda das Almas 70III - O Itinerário de Ida e Volta das Almas 74IV - A Transformação dos Infernos 76V - O Purgatório Aéreo 78VI - Os Novos Campos Elísios 79VII - A Difusão da Doutrina 82VIII - O Testemunho de Platão 84CAPÍTULO VI - A Salvação das Almas Pelo Estudo da Astronomia 87I - A Purificação Pelas Ciências Pitagóricas 87II - A Salvação Pela Astronomia 90III - O Misticismo Astral 92Conclusão 97Bibliografia 103
- Informações Adicionais
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Livro USADO. Texto, gravuras e fotografias íntegros.Formato 21 x 14 cmEditora IBRASA, 1990105 páginas